Quando tudo
parou de ter gosto
Retirei um
cigarro do bolso
Pra tentar
espantar o mal agouro
Já que com
nada eu estava de acordo
Inflei o
pulmão com cinzenta fumaça
Machucando meu
corpo por simples pirraça
Repentinamente
a pressão ficou baixa
Nesses
momentos a vista embassa
Pra fugir de
tudo me apeguei ao vício
Recorri ao
fumo que é lícito
Pra fazer ter
um fim mais bonito
Esse dia que
parece infindo
Fumar me
causou prazerosa sensação
Tive que
recostar a cabeça no colchão
Recordar que
eu ainda estou são
Que
infelizmente tudo aquilo não é sonho não
A vista turva
procurava na janela
As cores que
pintavam de aquarela
Estrelas azuis
e também amarelas
Que
constelação afinal seria aquela?
Recostado
brincando de pensamento
Os cabelos
balançando ao vento
Me disseram em
um curto momento:
Que bobeira é
cair em lamento
Peço desculpas
ao tempo, caso seja possível
Por derramar
um número de lágrimas incrível
Que de certo
servirão de combustível
Pra algum
sonho pela noite horrível
Mas só por
hoje sua licença eu peço
Que não se
preocupe meu caro, com meu ego
Que tente ser
mais maleável que o ferro
Ficar sozinho
por hora é tudo o que eu quero
Amanhã cedo o
sol se levanta
As tristezas
do peito ele arranca
E as feridas
abertas, estanca
Continua com
sua mesma dança
Mas brilha
forte porque sabe que encanta!
Bruno e os seus Cordéis =] Muito Bom!!
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