segunda-feira, 3 de maio de 2010

Noite de amor

Nua, ele a estirou no macio, concordando cada um de seus membros com cada ponto cardeal da cama. Ela aberta, receptiva, com todo o ser envolto em um frenesi de prazer, enquanto que ele, apoiado em seus quatro membros em  frenesi de prazer, enquanto que ele, apoiado em seus quatro membros em uma posição uma posição quase felina, mirava-lhe ora o corpo de tendências europeias, ora os olhos da castanha lancinante que se não imploravam piedade, certamente gritavam perversão.



Ele, negro sedutor, volta e meia em atitude de provocação deitava a boca ao pé do ouvido de Magnólia deixando soprar palavras das mais diversas na arte da tentação.

O magnetismo já envolvia os corpos que relutavam em se jogar um contra o outro com o propósito de retardar e potencializar o iminente gozo. Magnólia, anjo, transcendera a besta e com a mente jorrando todas as malícias do mundo via Moreno, ainda de quatro, chegar mais próximo com o seu sexo que procurava conforto no sexo seu.

Da outra parte, Moreno via embebido em mel a flor da fêmea, que se excedera toda só com a sensação do calor próximo do corpo do negro. Moreno também, já se desfazia em desejo e qual a fera masculina, de súbito sem se quer algum prenúncio possuiu-a, e tão súbito à possessão, os dois corpos do contraste racial se fundiram num abraço que fez sentir Moreno o afogamento do seu sexo e Magnólia senão o transbordo de todo o mel que lha pertencia. Ahhh, o orgasmo! Não houve tempo para a burocracia do amor, ainda fundidos pereceram o torpor do sono que os derrubou perante a luta silenciosa.