segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Dualidade

No calor do amor os cabelos negros e curtos se "arapucam" tornando a mulher fera como um leão, não fosse a pele tão macia e receptiva e talvez fosse mesmo um leão. Porque também me devora, me faz sentir pequeno e me intimida, porque também grunhe, me arranha e me lambe.
No calor do amor os olhos turvos e penetrantes ardem tornando-a minha senhora, como se eu fosse seu escravo. E talvez eu seja mesmo seu escravo, porque te obedeço e de ti tenho medo, mas te preciso. Se tu mandas eu beijo, se tu quer eu te cheiro, se tu fala eu paro. Mesmo quando eu achar que devo continuar, ou melhor, mesmo quando eu precisar continuar.
Como pode uma figura tão bella e de semblante tão calmo, como pode um ser tão frágil e de estatura tão média, como pode ser aquilo a isso?