sábado, 23 de novembro de 2013

Preço do Apreço

Se o destino do pássaro é voar
O poeta sensato grita: voa !
E pelos ares o som ecoa
Onde o passarinho tem seu lar.
Nadando nas águas do ar
As correntezas que envolvem o corpo
Quem tem asas não está solto
No vazio não poderia planar.
E se assim o é, assim será ?
Ou deveria supor-se ponderar
O sentido da vida lhe retirar ?
Se julguei importante a liberdade
E lhe dei o caráter uno de verdade
O absolutismo já não é unanimidade
Ao saber que meu canto será de saudade
Quando olhar pela janela
Procurando no céu sua silhueta
Mirando nas asas abertas
Nas tardes de feira, na sexta
À identificar entre tantos o ponto
Que poderá desmanchar num sorriso
Na expressão do poeta de tonto
Por notá-lo voando esguio
Cantarolando a sorte do seu destino
Zanzando de lá pra outro lado
A magia de ter vindo ao mundo alado

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